sexta-feira, 10 de junho de 2016

Só 1%... ou nem isso

Nem 1%
(adaptação de Aquele 1% - Wesley Safadão)

Agente vota e coloca mesmo sem saber
Debate eleitoral ou luta de gladiador
Não dá para saber quem tá certo ou tá errado
E a mídia não fala, mas manipula a votação

Sábado ou domingo a gente acorda de manhã
Naquela preguiça mas tem aquela obrigação
Postergamos pra depois porque nem todos gostam
Tá difícil de acreditar
Assim não vai mudar!

Tô delatando todo mudo
Impeachment saindo e só eu que sou santo
Mas já tem processo contra mim
Porque contra mim? Corrupto
Mas vocês votam


terça-feira, 15 de setembro de 2015

Filmes verossímeis.

Educação para loucos... e normais.

     O filme “Laranja Mecânica” (em título original “A Clockwork Orange”) foi publicado pela primeira vez em 1972 e relançado em 26 de abril de 2013. Logo no início da história observa-se um grupo de quatro amigos, com roupas de mesmo estilo e que nos faz lembrar camisas de força, o que pode deixar-nos pensar que tal filmagem se passará em um hospício e/ou os próprios personagens principais são loucos. Também observa-se que o título do próprio filme não é comum e não diz nada sobre “como” a história poderá se desenvolver. Logo, não é fácil se imaginar o que ou como uma “laranja mecânica” seria. Poderíamos supor que, vendo o título e o associando às características dos personagens, o desenvolvimento dos fatos no filme serão rápidos e todos eles processados para virarem suco depois, pois o próprio enredo, que pode ter no mínimo uma carga filosófica, “condensa” todos os sólidos acontecimentos na mente de uma única pessoa, Alex, um dos quatro amigos, que logo depois de algumas cenas descobrimos ser absolutamente normal, apenas um delinqüente juvenil com tantos outros.
     O protagonista Alex, que é também o narrador da história, finalmente é pego em flagrante e vai para a prisão depois de uma invasão em uma residência. Seus amigos, que também eram os cúmplices do “assalto”, fogem antes da polícia chegar. O jovem então é condenado pela grotesca e no sense morte da dona da casa, e a partir daí a vida dos quatro “loucos” tomam caminhos diferentes.
     Depois de dois anos na prisão é que o enredo do filme começa e ficar ainda mais filosófico e educacional. Isto é, ao desejar ir, “ser escolhido” como cobaia para o método Ludvic, e passar algumas semanas em uma espécie de prisão-reformatório, o ex-detento realmente começa a mudar, porém dadas à algumas circunstâncias posteriores, não sabemos até quando. Alex fôra exposto a uma técnica comportamentalista de estímulo-resposta; e pouco mais de quatro meses depois finalmente foi solto.
     O questionamento que o pastor da ex-prisão do jovem faz é inteligente e de total importância também para a conclusão do filme. Ora, ele reconquistou sua liberdade física; o direito de ir e vir; mas sua mente fôra trabalhada para isso; através dos filmes e da curiosa Nona Sinfonia de Beethoven, que é inserida em um contexto diferente daquele para o qual fôra composta. Relembrando o método de ensino tradicional, onde há também essa tentativa de “controle”, a mente de Alex é lapidada através de estratégias psicológicas para enfim “trabalhar” como terceiros desejam, abandonando seu antigo gosto por atitudes “de louco” e delinqüentes.
     Porém depois de tantos anos preso, o protagonista perde sua antiga e “calma” vida na casa dos pais. Achando que não vão ver o filho novamente, os pais alugam o quarto de Alex e o jovem, se sentindo trocado, sai de casa para não mais voltar. Andando sem rumo ele encontra um mendigo, que por ironia do destino é o mesmo indigente que o ex-detento e sua gangue espancaram sem necessidade logo no início da história. Logo, o feitiço vira contra o feiticeiro e os mendigos se juntam para bater em Alex. Dois policiais o socorrem mas por fatalidade são ex-integrantes da gangue. Aqueles que deveriam fazer justiça o levam para longe e fazem novamente atrocidades com o rapaz. Meio tonto e cansado, chega à casa de um velho escritor, o qual a ex-gangue do ex-detento um dia invadiu. O velho então o mantém em cativeiro por um tempo e depois chama os antigos médicos do jovem para juntos decidirem o que fazer. Assim ele é colocado em uma sala vazia somente em companhia da Nona Sinfonia de Beethoven, que toca interminavelmente no aposento e o deixa ainda mais louco. Vendo uma janela como a única saída do quarto, acaba por cometer suicídio.
     Novamente por ironia do destino ou não, ele não more. Vai para um hospital para tratar suas fraturas e um belo dia recebe a visita do dono de sua ex-prisão, que tenta mais uma vez “controlar” a mente do pobre Alex e fazer com que não comente sobre o ocorrido nos jornais. Depois de pouco mais de duas horas de filme re-escutamos a música, que o visitante benevolente traz para o adoentado como presente e “lembrança” da visita. Como gran finale, temos uma cena aparentemente desconexa da história. Porém, se olharmos o inconsciente de Alex descobrimos que pode ser verdadeiramente aquilo que ele está pensando no momento, pois não há como se apagar o passado.
     Aparentemente um filme louco e um tanto previsível no começo, contudo inteligente e bem montado no final. Mostra como uma técnica educacional, o método comportamentalista, pode ser eficaz somente nos primeiros anos de tratamento, pois a vida de um indivíduo é bem maior e mais complexa do que uma simples prática pedagógica. Logo, um indivíduo pode assim como Alex mudar, porém depois de re-colocado no mundo e sofrer nas mãos de pessoas de seu passado e/ou alheias à sua história, por exemplo, poderá voltar e mesmo que inconscientemente revidar a situação.
     Em conclusão, podemos alocar “laranja mecânica” em, dentre outros, três ambientes distintos: prisões / reformatórios, política, e religião. O primeiro e mais evidente se visa “remodelar” um indivíduo segundo um pensamento próprio, com algumas estratégias tipo trabalho voluntário e acompanhamento psicológico; em segundo lugar se mostram aqueles que estão no poder e não se intimidam ao falar de corrupção, e ainda se alguns novatos entram e querem fazer uma coisa nova são deglutidos e inconscientemente controlados por terceiros; por último mas não logicamente nessa ordem estão aqueles que através de alguma crença ou outra “mudam” ou “visam mudar” um “fiel” em benefício próprio ou torná-lo de acordo com as crenças da sociedade.
     Logo, uma prática pedagógica perfeita e 100% eficaz não existe e ninguém pode, como é o sonho de muitos, “controlar” a humanidade e fazer tudo ser do jeito que deseja o indivíduo. A vida de cada um é única e não pode, nem deve, ser controlada.
   



   Davi Dumont Farace.                                                                                                       10/09/2015 – 12/09/2015

domingo, 14 de junho de 2015

Only you

Pedra da lua

Onde está, onde está, onde está?
Hoje é noite de lua cheia e não há de se perder mais tempo
também,
que noite?
Não quero é me transformar
Não preciso de lua cheia para essa maldição
porém  necessito de uma pedra da lua para curá-la

A minha pedra não é tão fácil de encontrar
também,
que pedra é?
Contudo, acho que a minha deve ser pequena
por isso evasiva à locais
onde pedras da lua podem se mostrar

A minha também deve ser feia, exótica, rara
“A pedra da lua encaixa-se perfeitamente ao lobisomem”
Enquanto vocês saem por aí a procurar
Sou um lobo feio, exótico, raro, que fico aqui com medo dos outros lobos
Medo da caça; embora eu seja mais forte do que ela
... não sei onde está essa força, pois um lobo não consegue controlar

Onde está, onde está, onde está?
Você é a minha pedra da lua?


Davi Dumont Farace

05/05/2015 – 06/05/2015

Costa Favolosa - 2014/2015

A Cinderella de São Paulo.

     Depois já de algum tempo procurando, a Fada Madrinha enfim começa a conversar com o rapaz no Facebook. Deveras, não precisava disso, pensava ele. Podia não haver realmente necessidade de ele contatá-la para enfim poder falar com sua “cinderella” novamente.  Porém, o príncipe que ali estava não sei por que não tinha feito; (e quando digo “não sei por que” digo “até ele nem sabe”). Talvez fosse por que ela era de São Paulo, como todos no navio, ou ele simplesmente não sabia o que fazer. Se ia fazer “certo”; (até parece que tem um roteiro para isso e, sim, ele graças a Deus percebeu na hora que era com ele); ou somente admirá-la de longe. E como ela dançava...
     A boate estava cheia aquele último dia. E foi engraçado que o príncipe duvidava se iria, se ficava mais, sobre como iria se proceder para não ficar mais um bocó no meio dos jovens. Tinha ele mesmo machucado seu rosto a tarde na academia do navio; falou italiano no pronto-atendimento do navio e precisou de dois pontos.Por isso também, ele pensou em não ir. Não acreditou na hora que ele mesmo fôra capaz de se dar um “soco inglês” em sua própria cara quase no final do treino, em um exercício aeróbico.
     Contudo, aquele curativo foi como um amuleto da sorte para o príncipe. O cara não acreditou! Eles estavam dançando funk e tinha um monte de rapazes em volta, mais altos e até mais encorpados do que o menino. Isso mesmo; ele parecia um menino na roda diante dos gigantes bombados de academia, alguns de cabelo com estilo, porém do mesmo tipo. Que bom que ele conhecia pelo menos mais dois jovens que foram na viagem com ele e “o arrastaram” para a boate. E era já dois de janeiro de 2015.
    Ela o escolheu! Não foi dançando em direção ao loiro alto ou ao outro moreno mais magro e alto também que estava do lado. Foi em direção a ele! Seu amigo o alertou para o fato mas enfim ele percebeu. Era com ele!
     Porém, o príncipe encontrou a pior hora para falar com ela. Sentada em um canto, ela já estava cansada e ele ficou mais sem graça, pois estupidamente não sabia o que fazer. Antes disso ou depois não me lembro agora, ela dançava forró com aquele moreno mais alto em frente aos olhares cuidadosos do príncipe, que observava tímido e de longe, tentando se descontrair em outro canto.

     Agora os dois riem disso tudo, enquanto conversam por enquanto no facebook.       

sexta-feira, 12 de junho de 2015

O verdadeiro significado de pokemon

O som dos pokemon
(Paródia de “The fox” (“What the fox say”) – Ylvis)

O Mew faz milw
Bulbassauro bull
Zubat zubt
Charmeleon charr

pika pika chu
Mumu faz muu
E o aerodactyl aer

Hoot-hoot faz hoo
Nidoking nido
E o Scyther scy scy scy

Mas ninquém pergunta
o que quer dizer;
O que diz o pokemon?

thu-thu-thu-thu-thu-thu-thu
pi-pi-pi pi-pi-pi
thu-thu-thu-thu-thu-thu-thu
O que diz o pokemon?

pow-pow-pow pow-pow-pow
pow-pow-pow pow-pow-pow
pow-pow-pow pow-pow-pow
O que diz o pokemon?
Whii-whii whii whi-whii-whiow
Whii-whii whii whi-whii-whiow
Whii-whii whii whi-whii-whiow
O que diz o pokemon?

Rrok rrok rook row rrow rrok rrok
Rrok rrok rook row rrow rrok rrok
Rrok rrok rook row rrow rrok rrok
O que diz o pokemon?

Quero descobrir
quero entender,
o significado que queres dizer

O que fazer,
para compreender,
O porque de me obedecer.

Eles entram
nas pokebolas
e de repente são seus amigos

Usados para o bem,
ou para o mal
mas nao têm escolha os
poke-ke-ke-ke pokemon
poke-ke-ke-ke pokemon
poke-ke-ke-ke pokemon

Não só temos que pegar

Os poke-ke-ke-ke pokemon
poke-ke-ke-ke pokemon
poke-ke-ke-ke pokemon
O que o pokemon diz?

Drua-drua drua drua drua rruwa
Lwua fwa fwa kara-ka ra rruwa
Drua-drua drua drua drua rruwa
O que diz o pokemon?

tri-tri-tri trrwi trrwi tri tri-ê
tri-tri-tri trrwi trrwi tri tri-ê
tri-tri-tri trrwi trrwi tri tri-ê
O que diz o pokemon?

Zappah-ha-ha-hahaeh
Zappah-ha-ha-hahaeh
Zappah-ha-ha-hahaeh
O que diz o pokemon?

ruaaaaaaaaaaaaaa
rrwuaaaaaaaaaaaaa!!!
O que diz o pokemon?

Nossos quardiões
Aquilo que nos move...
À lugares estrangeiros,
as vezes desconhecidos
Porque estás comigo?
quero aprender
Não fui eu que te fiz mal?
Então podes decidir!

São o que vivemos,
Mútua evolução.
Qual sua habilidade?

(pokemon misterioso fala)
Bluw bluw blua kakee
Codi cojiuá kakee

Muitas comparações...!

(pokemon misterioso canta)
Fuáa karakara laê
Fuáa karakara laê

Temos que sentir!

(pokemon misterioso fala)
-Kyarra kyayaya plie
-Wilko tororó tuê

É tão...
É tão bom sentir.

(pokemon falam)
-Ágaragara luté

Davi Dumont Farace.

11/06/2015

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Por fazer


Por fazer
(paródia de “Por enquanto” – Renato Russo)
 http://letras.mus.br/renato-russo/243674/
 

Acabou-se mais um novo ano, e
estamos na mesma merda...

Mas eu creio que você pode recorrer
temos de ter paciência, mesmo se não vier.

 

Mesmo com tanta gente
em similar ou igual pendência

é muito mais do que pensamos ser
ou os outros não querem

Na vida, sempre vale o status

 

Parece bobagem, mas tudo é um ciclo
que não tem fim.

Continuamos batendo na mesma tecla
ou somos sugados por quem não faz...

 

Mesmo com tanta gente
em similar ou igual pendência

é muito mais do que pensamos ser
ou os outros não querem

Na vida, sempre vale o status

Davi Dumont Farace
26/02/2015

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

dezembro a dezembro

Ano novo
(paródia de “Maio” – Kid Abelha)

Dezembro, já está no final
O que nós fizemos de mais
Se ainda vamos fazer...
Fazemos promessas de mais,
Coisas demais...

Dezembro, já está no final...
Sonhos que vamos ter
Escolhas para fazer.
O ano já,
2014 se foi!
... Nem o vimos passar

Não dá para voltar
Nessa rapidez, 2015 já vem
Compras, pronto para o natal...
E recomeçamos tudo bem

Dezembro, já está no final
O que nós fizemos de mais
 Se ainda vamos fazer...
Fazemos promessas de mais,
Coisas demais...

Dezembro, já está no final...
Sonhos que vamos ter
Escolhas para fazer.
O ano já,
2014 se foi!
... Nem o vimos passar

Não dá para voltar
Nessa rapidez, 2015 já vem
Compras, pronto para o natal...
E recomeçamos tudo bem

Davi Dumont Farace.

15/12/2014