sábado, 31 de dezembro de 2011

É... realmente não sei contar um causo em poucas linhas... mas, veja só?!? Não está intrigante a história?!

O mistério de Zé Olímpio.

   Era mais uma noite fria e misteriosa de outono. A lua, diziam eles, “boa pra caçar tatú”, subia lentamente pelo ceu estrelado. O polido relógio da pequena capela de Santo Inácio batia agora 12 badaladas e um rápido vulto negro se podia ver ao longe, perto do córrego ao lado do armazém de seu Tobías. Decerto, quase nenhuma pessoa do apagado município iria ter a coragem de se aventurar a sair de casa em uma penumbra sepulcral como aquela, em uma noite que, segundo o folclore da região, era “assombrada pelos espíritos do passado”. Todavia, as lamparinas do casarão de D. Ercumena ainda estavam acesas e poucos convidados conversavam, alguns mais preocupados que outros, na grande sala de visitas.
   -... Estamos muito felizes com a presença de todos vocês no meu casório com meu querido Zazá. – Vitória Ercumena falava para os convidados enquanto apertava firmemente as mãos de seu marido. – Que bom que resolveram ficar mais tempo aqui... E não se preocupem, têm cama pra todo mudo! Agora dancem e comam bolo à vontade, a casa é de vocês! – Ercumena saiu do recinto e foi dar as ordens para as empregadas arrumarem as camas para os convidados, pois nenhum deles queria botar os pés nas estradas depois de tão tarde da noite.
   -Pois é senhor Josué... quanto me alegro de ver que você ainda está aqui neste rasta-pé com a gente! – Izaías, o marido de Vitória, falou baixo batendo de leve no ombro do amigo. – Aqui, se tá com medo de assombração... não precisa se preocupar, isso não existe. – ele relembrou para Josué aquele velho e recente episódio da “vaca assombrada da estrada”, mesmo fato que fazia do patrão de Ernesto motivo de piada no pequeno município.  Ou se existir, dou três mil contos e reis pra quem achar uma só fera que seja nas redondezas!
   -Intão Izaías, acho que vi uma mula-sem-cabeça perambulando lá perto do jacarandá ontem... – Ernesto, que estava ao lado de Josué, esforçou-se para fazer uma cara de medo para brincar um pouco com os outros dois. -... Intão, o senhor me deve três mil agora!
   -E... Ernesto, n...n...não fal... falei pro cê qui com essas coisas ag... agente não bri... brinca homi! – o patrão olhou seu relógio de pulso e subitamente gelou da cabeça aos pés, pois já passava de meia noite. – Cês mi discurrrpa mai vô deitá... Ercumena! Tá tudo trancado aí?
   Josué estava tremendo de medo, mas como teria resolvido ser novamente candidato ao cargo de prefeito da Associação de Moradores do Campo, achou prudente comparecer a festa de casamento de D. Vitória.
   Dentre o número pequeno de convidados, Margarida se destacava com seu habitual vestido cor de abóbora e um longo chapéu preto com uma delicada e fina renda na frente pra lhe dar um tom mais místico, mas ao mesmo tempo sensual e feminino. Ela, que até o momento liderava nas pesquisas “boca- a- boca” sobre o tão aguardado resultado para as eleições do AMC, continuava a manter a pose de uma das pessoas mais intelectuais do grande recinto.
   -Patroa, espia só a hora! – Alice falou ao mesmo tempo em que olhava para o relógio cuco e pegava mais umas cocadas na grande mesa de madeira. – O tempo voa quando agente se diverte... Bem, já vou dormir... – ela comeu uma cocada e cutucou nas costas de D. Vitória. – Senhora, onde posso dormir? ... Aqui, vosmecê vai deixar as lamparinas do corredor acesas? É que dizem por aí que o tal... não gosta de claridade, e o fogo...
   -Há há, quantas vezes eu já disse para me chamar de você ou senão de Viví! Senhora tá no ceu... – Vitória falou já mostrando para Alice um quarto com três camas arrumadas. – Pode dormir em uma delas querida! E não se preocupe, vou deixar as lamparinas acesas, mas volto a falar qui essas coisas de assombração não existem... cê não viu o cumpadi Josué e a misteriosa vaca da estrada?
   -Há há, brigado Viví! E nem acredito mais nisso não, mas só que não custa previnir...
   -Tá certo... Bem, brigado pela sua prisença então. – Ercumena apertou as mãos de Alice e rumou para a sala de estar novamente.
   Naquela grande sala somente se falava de um assunto agora, o causo do lobisomem, assunto que Ernesto definitivamente não tinha medo e por isso liderava a discussão sobre a criatura. Alguns espertos fazendeiros relutavam-se em acreditar, porém o patrão de Josué juntamente com o marido de Vitória estavam fazendo caras e gestos tão convincentes, que não houve quem não ficasse petrificado nos muitos bancos da sala para ouvir as histórias do ser da noite.
   -Óia gente, eu ulvi... do marido da falecida Jurema, quem contou pra Jandira, que sussurrou pro Juca, que contou pro delegado Sílvio...
   -Pára Izaías... cê vai contar ou não?!? Vem cá, deixa que eu conto a história... – todos os convidados se aglomeraram aos pés dos dois contadores das histórias para poderem ouvir melhor o caso, e com um rápido movimento, Ernesto pegou a lanterna de seu bolso e caminhou para o canto mais escuro da sala para melhor efeito do pequeno feixe de luz provindo agora de suas mãos. – Me acompanhem se quiserem... Ûá há há... Aconteceu em uma dessas noites frias e de lua cheia como essa... – ele falou roucamente e apontou o fino dedo para uma mulher de vertido roxo e chapéu azul escuro, enquanto punha a outra mão na cabeça como um verdadeiro mágico charlatão. – Você, D. Madalena... eu te vejo conduzindo sua charrete pela floresta, vai conduzindo somente com a companhia de seu cavalo Adamastor em uma noite de outono! – Ernesto para subitamente e aponta a luz de sua lanterna para uma das janelas da sala, enquanto lentamente chega ao lado de uma lamparina perto de Margarida e continua a história. – Mas, uma tragédia spia! Adamastor empaca no mei’das folhas cinza e sem vida... Tu é arremessada pra fora de seu charrete... – Ernesto deu outra súbita pausa dramática, desligou a lanterna e depois se juntou aos seus outros companheiros na claridade no ambiente para falar desta vez com seu tom normal de voz. – Bem, isso é tudo o que um mísero empregado sabe... Como?!? Não sei... só sei que foi assim.
   Todas as pessoas na sala de D. Ercumena ficaram perplexas com o fato anunciado por Ernesto. Madalena chorava agora rios de lágrimas sentada no sofá azul fosco no meio do recinto. Não houve quem a acalmasse, estava muito nervosa e olhava para a janela sem parar enquanto devaneava, “-Foi assim mesmo, quase que não passo daquela noite...”. Como se nada tivesse acontecido, Vitória caminhou até a cozinha da casa e depois de um curto silêncio sepulcral que se transcorrera na sala, caminhou até os convidados com uma bandeja e xícaras de chá de erva-doce.
   -Brigado minha flor! – Izaías foi o único quem tomou coragem para falar, todos os demais só tinham forças para beber o chá, inclusive Ernesto, que estava agora com um misto de vergonha e nervosismo. – Vivi, discurrrpa pelo homi. – ele apontou discretamente para o empregado de Josué. – É que ele jura de joelhos que viu esse fato da cumadi Madá...
   -Tá certo Zazá, dispois conversamos a sós. – ela sussurrou aos ouvidos do marido e depois dirigiu sua voz com um tom mais meigo e familiar ao número pequeno de convidados. – Bem, as camas dos senhores já estão arrumadas... O dia foi cansativo hoje, nada melhor do que uma boa xícara de chá antes de dormir! Eu vou levá-los para seus comódi... Ernesto, você vai dormir no quarto de seu patrão...
   Eles sorriram foscamente para Ercumena e, depois de terem acabado o chá, foram se deitar sem dizer mais nada.

...()...


   O galo já cantava lá no alto da serra e Josué abriu subitamente os olhos enquanto lentamente se levantava da cama.
   -Dia! Ai qui bom meu pai, é dia dinovo! – o patrão olhou ao redor e viu que seu empregado ainda dormia calmamente na outra cama. – Acorda Ernesto, seu dorminhoco...
   -Ai patrão, me deixa quieto só mais um pouco! – o outro abriu os olhos meio sonolentos ainda. – Vai tomar café ou caçar arrguma coisa pra fazer. Ôcê não sabe o que sucedeu ontem...
   -Não sei e nem quero saber! Agora vão embora, tenho que cuidar da minha propriedadi... Vai dispidir da cumadi Ercumena, quero sair cedo daqui!
   O empregado caminhou pelo corredor reclamando consigo mesmo de seu patrão. Depois de longos passos em silêncio, avistou Janete, uma das empregadas de Vitória, já se apressando em arrumar o café da manhã para toda aquela gente que fôra convidada para o casamento. Os raios de sol iluminavam o corpo da jovem; estava vestida com uma simples blusa amarela e uma saia verde claro, seus longos e loiros cabelos estavam presos por uma única presilha de cor azul e seu corpo exalava seu perfume favorito. Ela preparava tão cuidadosamente a grande mesa de madeira na sala de jantar que nem percebera a aproximação calada de Ernesto.
   -Dia Janete! O que é que tem pro café?
   -Ai Ernesto, que susto! – ela falou quase deixando um prato de louça cair. – Você sabe que eu me assusto fácil... E além do mais, e com tú mesmo que queria conversá... O causo du lobis...
   -Ai Janete, esquece esse troço! Eu só contei aquilo ontem mais prá fazer medinho bobo na Madalena...
   -Arrrto lá e arrrto lá! Eu num disse que eu acredito, disse?!? – a empregada já falou com as mãos na cintura. – Mais, a patroa me contô, que o Vantuílsu contô pra ela, que o Tobias contô pra ele, que soube pelo Valdemar... – à medida que ela falava, Ernesto ia ficando mais curioso com o caso. – Que vou te contá...
   Transcorridos pouco mais de 45 minutos, todos os convidados de Izaías e Vitória Ercumena já estavam na sala de jantar comendo o famoso bolo de cenoura de Janete e ouvindo o tal caso da criatura.
   -Então gente, me disseram que o bicho tem a pele meio rosa, parece um homem, mas é peludo, se transforma mais ou menos meia noite... e... pode controlar os animais da floresta...
   -Janete querida! – Vitória falou aos ouvidos da empregada. – Já disse que esse tal de bicho homem não existe, volte por seu trabalho, por favor. – Ercumena deu um tapinha nas costas da nova contadora de causos e em seguida falou amigavelmente para os todos os convidados. – Descurrrpa o que sucedeu ontem e hoje, e que meu Zazá e eu távamo doidim pra casar... nem vimos como ia ser a noite... Agora, fiquem mais, a casa é de vocês!
   -Brigado senhora Vitória! – Josué já se apressou em falar ao mesmo tempo em que puxava a manga da camisa xadreza de Ernesto. – Brigado, mas temo que ir. Meu amigo aqui tem que tratar dos cavalos e eu de cuidar do dinheiro da fazenda. O rasta-pé foi supimpa!
   Izaías levantou-se de seu assento e amigavelmente conduziu os dois amigos para a porteira de saída da fazenda. Finalmente, o assunto da criatura da noite tinha sido aparentemente esquecido por parte do dono da casa, que agora discutia maravilhado sobre a nova aquisição material de Josué, um grande e potente cavalo marrom.
   - Pois é seu Izaías, comprei o Trovão pouco depois do memoráver rasta-pé do siô Mário – Josué falou ao mesmo tempo em que apertava as mãos do compadre. – Acodi!  Bem, obrigado pela festança! Nós já vamos, temos muita coisa pra fazer em casa... né não Ernesto?
   No minuto seguinte, o patrão já estava sentado em uma das tábuas da charrete e suas grossas mãos seguravam firmemente as rédeas presas ao lombo do cavalo. Dentre todos os animais que possuía em sua fazenda, Trovão se destacava por ser o mais novo e também o mais rápido dos corcéis de Josué, e por isso, era o animal preferido da casa.
   Por estarem na estação do outono, as folhas das muitas árvores que cercavam o caminho faziam um comprido tapete colorido com tons de verde e laranja no solo arenoso da região. As grandes e velozes patas do novo cavalo de Josué produziam pequenos e distintos sons ao tocar com ritmo e força no solo e Ernesto aproveitou para tirar um cochilo na parte coberta do transporte.
   Enquanto Josué conduzia, as famosas e antigas lendas sobre o tal homem que virava bicho não paravam de atormentá-lo em sua cabeça. Olhava agora somente com um fino resquício de atenção para seu corcel, pois seus olhos já estavam cansados e cada vez mais sonolentos devido também ao sacolejo da charrete provocado pela irregularidade da estrada. Pouco tempo depois, seu corpo tombou involuntariamente ao lado de seu empregado e se adormeceu.
   Rapidamente, Josué fôra acometido de uma terrível lembrança-pesadelo e sua mente o transportou instantaneamente para um dia frio e nublado de inverno. Quatro pessoas estavam conversando despreocupadamente enquanto jogavam cartas na pequena mesa redonda do calmo e acolhedor armazém do senhor Tobías. Uma delas falava alto sobre uma misteriosa criatura que pôde observar em um dia de primavera, e Josué, que era no pesadelo uma das quatro pessoas sentadas na mesa, tomou um gole de cachaça e parou para ouvir.
   -Vishi Maria! Têm dois Josué! – o dono do pesadelo exclamou levando as mãos para tapar a boca e engolir o susto. – Peraí... como se fala quando têm dois docê? Têm dois Josuéis?...
   -Intão cumpadi, vou te contar... mas já vou avisando que não sei cumé qui foi, só sei que foi assim... – o homem que falava na mesa era seu Mário, o mesmo fazendeiro que desde julho daquele ano, estava sendo gozado pelo famoso caso do “satélitu”. – Sucedeu-se em um dia de primavera, mais precisamente numa dessas tardinhas com uma chuva fina caindo. Estava eu perto desse mesmo lugar caminhando de charrete para a minha propriedadi quando o cérr escureceu de repente. Meu cavalo Lanceloti começou a correr na mesmíssima hora e caí de cara naquela água suja do córrego que tem atrás desse armazém... - à medida que Mário falava, sua voz ganhava um tom mais rouco e sinistro. – Foi ele... eu vi... o animal grande e rosa...
   Subitamente um solavanco na estrada acordou Ernesto e Josué, os dois abriram os olhos, o empregado mais rápido que o patrão, e juntos perceberam que haviam caído em um pequeno e sinuoso riacho, embaixo de uma ponte já com as tábuas desgastadas pelo tempo. As rédeas de Trovão se desprenderam da charrete e o animal correu de um só galope para o mato afora, assustado com o estridente barulho de toda a carga rolando pela terra árida. E, diante daquela situação, só restou aos dois companheiros recolher o que podiam com as mãos e caminhar de forma difícil e lenta debaixo daquele calor escaldante que fazia na região.
   -Viu Josué! Kê ko cêpronto?... Ai eu já sei, o caboclo cochilou na istrada... – Ernesto tirou o chapéu de palha e bateu de leve no ombro do patrão. – e por isso nóis tamo aqui Josué! Ô, eu avisei, não avisei? O cavalo é intiligente, mas tem que ter alguém pra guiar ele na estrada!
   Os dois continuaram o caminho brigando até chegarem a uma encruzilhada. O empregado, é claro, não perdeu tempo e foi logo botando mais medo no patrão, dizendo que a tal criatura costumava fazer sua primeira aparição das noites em uma encruzilhada como aquela.
   Porém, o sol brilhava agora com mais intensidade no alto da serra e Josué não sentiu medo ao ouvir os sinais de “-Cuidado!” provenientes de Ernesto, e isso o deu forças para xingá-lo com um ar mais autoritário e enérgico.
   -Conta outra cabeça de baiacu! Todo mundo sabe... Quero dizer... Se é que o tal lambizomi ixisti, ele só aparece à noite! Não credito nesse trem nem a porrete! – ele falou estufando o peito para seu empregado. - Vem, o caminho é esse... – desta vez, foi ele quem parou no meio do caminho e fez uma cara de perigo para o empregado. – Ernesto cuidado!
   O Patrão inesperadamente pegou um revolver de uma trouxa que levava pendurada nas costas e, apertando o gatilho para a estrada aparentemente vazia, soltou um tiro reto no ar.
   -Mais é cabra macho mesmo esse meu amigo! – O outro falou com um tom amigável e fazendo menção de abraçar Josué. – Pena que não vi direito a cena...
   -Cala a boca senão vai hoje vai ter!... – ele estava quase sem fôlego graças a um medo passageiro. – Carma, eu acho que avistei o homi...
   Rapidamente, o patrão começou a correr e a retroceder o caminho. Ernesto tentava o acompanhar, porém Josué corria com a velocidade de uma onça que perseguia uma presa pela estrada afora. Os dois passaram pela mesma ponte em que começaram a caminhada, atravessaram o armazém do seu Tobías e chegaram próximos a uma pequena e torta casa que ficava no topo de uma montanha.
   -Er... Er... Ernesto... eu acho mió agente vorrrtá, acho qui era só uma onça mesmo...
   -Arrrto lá, alto lá meu amigo! Eu nunca qui vi essa casa aqui... Ô de casa? Têm gente?
   Os dois subiram lentamente a montanha e chegaram à misteriosa casa. O lar estava já quase caindo aos pedaços, com madeiras e palhas jogadas no chão por todos os lados. As paredes, todas já sujas e empoeiradas, davam ao aposento um ar mais sinistro e gótico. E a fraca luminosidade fazia com que os dois não enxergassem nem um palmo direito a frente da vista. Definitivamente, o lugar servia agora mais como um refúgio para algo ou alguém que vagava só pela floresta perto dali, ou pelo menos era o que os amigos estavam pensando.
   -Te... tem al... alguma coi... coisa ali. – Ernesto sussurrou aos ouvidos de Josué.
   -Larga di sê beista homi! Se tinha, o meu revolver já matou. – o amigo retrucou no mesmo tom. – Vamo embora, temo mais o que fazer no sítio...
   Os dois amigos deram meia volta e caminharam pouco mais de um passo até o declive da montanha.

   -Uuuuurrrrrrrrrrrrrrrggggggggggg!
   -Ju...Ju... Josué o que é isso atrás de você?!?
   Bem atrás de Josué, alguma coisa acordava por entre os jornais velhos que faziam outrora um grande montinho no meio da habitação. O patrão e o empregado se viraram segurando fortemente na manga da camisa um do outro, e com espanto viram que uma figura peluda e de pele rosada que olhava agora para eles com seus olhos verdes e feios.
   -Ernesto corre!!!!!!!!!!!!!!!!!! – berrou Josué, puxando com força o braço de seu empregado e com a mão direita e com a outra, já pegando no gatilho do revolver.
   -Uuurrrrrrggggggg!!!
   Foi uma correria geral e sem tamanho. Ernesto não sabia se ajudava seu patrão a fugir ou se protegia o tal ser de olhos verdes, criatura que, depois de muito tempo de tiros e tropeços, o empregado resolveu falar que a conhecia de já algum tempo.
   -... Olha agora quem tem cara de bobo baiacu! – ele falou rindo para Josué. – Esse é um dus fí do Zé Olímpio dos Lobos, nossu queridu ex—prefeito.
   José Olímpio fôra o primeiro e mais aclamado prefeito da região. Nos tempos de mandato, tinha conseguido transformar a desajeitada e pacata vila do interior de Minas em um respeitoso e movimentado município para os padrões da época, fôra o responsável por várias construções que iam desde simples casas populares até um grande e oval teatro perto da praça central da cidade, fôra tão aclamado em seu mandato, que os moradores começaram a fazer um movimento para mudar o nome da cidade, a antiga “Vila do Jacarandá” passaria a ser chamada de “José Olímpio dos Lobos”. Tudo corria bem, até que algo misterioso aconteceu e o prefeito se viu forçado a retirar-se do cargo.
   -Dia par todu mundu!– José Firmino, o irmão mais velho do tal “lambizomi”, chegou no aposento de repente e falou com a mão no ombro de Josué – Está lembrado de mim?!?
   O patrão de Ernesto não tinha mais força para falar uma sequer palavra, somente olhava do empregado para o ex-prefeito e fazia uma cara de pessoa perplexa e ignorante.
   -Patrão... aqui, discurrrpa pelo que sucedeu. – ele falou, discretamente tirando o revolver da mão de Josué e entregando-lhe um lenço. – Se me dá as órdi di spricar...
   - Pode disimbuchá, seu traste. – Josué falava com medo, tentando não morrer de medo dos rugidos da tal “fera”, que agora se enroscava na perna de José Firmino.
   -Deixa que eu mesmo explico. – Firmino falou enquanto olhava com piedade para o irmão. A fisionomia de José Jenuíno, a tal “fera”, foi ficando mais agressiva ao passo que o irmão delatava a história de uma tal Zuleide de Assis. – Aconteceu em um dia comum como esse, estava tranquilamente em minha sala particular, acabando meus afazeres diários de prefeito...
   -Uuuuuurrrrrrrrrgggggggggggg – o incomum José Jenuíno rugia e corria sem parar por toda a velha casa, sua aparência alta e demasiadamente peluda fazia uma verdadeira menção à lenda mais temida da região, e Josué logo entendera o motivo.
   -Então, meu irmão gostava logo da mulher do maior fazendeiro aqui da terra do meu falecido pai. Foi o caso de que... ah, cê sabe muito bem o resto... – ele parou um pouco na voz, olhou com pena para Jenuíno, e continuou. – A murrrtidão descobriu a traição e foi logo dar uma cossa no meu irmão... D. Zuleide, coitada, até se sucidou...
   -E então... – Ernesto achou melhor continuar. – aconteceu... Jenuíno saiu de casa e começô a fica dislexadu cu’a vida... Daí ele deixou a barba crescer, não cortava mais u cabelo, e só passou a vivê nessa mata...
   -Uuuuuurrggggggg! – Jenuíno soltou um berro e esforçou-se para falar. Firmino quase teve um troço. –É, dispois... resurrví mi revorrrtá contra todus us cumpadi... Vim pre’ssa casa véia i mi scundi... Agora só apareço pra assustá u pessoárr.
   -Alto lá, alto lá! – Firmino berrou de tanta felicidade. – “Aparecia”. Vui cabra, olha pra sua cara... parece até um lobo com esses dentes afiados por não escovar e esses pêlos pra tudo quanto é lugar no corpo...    
   -Vorrrta pra vida homi! – Ernesto continuava. – Até acho qui essa doença de pele rosa qui’ocê arrumô é purká da chuva!
   A cabeça de Josué fervilhava de pensamentos agora como uma grande panela de pedra prestes a explodir. Todas as histórias e causos que tinha ouvido sobre o lobisomem pareceram fazer mais sentido agora. 
   -É irmão... pó’visá qui u animar das redondeza era eu disfarçado. – José deu uma pausa dramática na voz para olhar lentamente de Ernesto para seu irmão. – E minha mulher deve di ter mi traídu com um... um outro bobo cara de paca fidida du asfarrrto. – Josué, que ouvia atentamente a história, foi avisado através de um sussurro do empregado, que a pessoa que Olímpio se referia era nada mais nada menos que Timóteo, o cara aparentemente mais leal e o melhor amigo do ex-lambizomi. – Tudo por dinheiro! Aquele Zé das unha me deu uma facada nas costa... É, mais dispois, bem feito... O cara se matou depois de saber que minha Zuleide tinha morrido.
   -E foi aí que ele resolverrr fazar u tal butija... – Ernesto falou, rindo da cara de seu patrão.
   -É, eu teria conseguido se não fosse você e esse empregado idiota!
   Ele parou de repente a fala e olhou para os raios de sol já de quase meio-dia que incidiam sobre as folhas das árvores.
   “Foi um dia seco de verão. Eu estava dormindo calmamente no chão di mi’a antiga casa quando Zuleide mi entra na prupriedadi pra pedir suas últimas desculpas... discutimu muito e foi então que ela pulou da janela da mansão e... coitada, foi o seu triste fim... Ah, e depois o povo acha qui fui eu e corre atrás di mim com tochas i facões...”
   -Dispois Josué... – Firmino falou tentando esquecer o passado. – Que meu cumpadi fugiu, virei lenda... e só eu pra ter coragi di amansar a fera...
   -É, de tudo que já vi nessa vida, de todos os perigos que já passei, aprendi uma coisa que nunquinha nunquinha vou esquecer... – Jenuíno deu uma pausa dramática para tomar um pouco mais de fôlego. – Mais de que onça ou jacaré, o animal mais perigoso é o bicho-homem! Só porque tenho essa doença que a pele nasce rosa... – ele mostrou o seu braço direito, em que se puderam ver incidências de hanseníase, além dos pelos grandes e das unhas mal feitas. – Por essas e outras, eles acham que fui castigado por Santo Inácio por matar minha querida esposa!... Pois bem, até que fiz da minha tragédia vingança para eles...
   -E desde aquele dia... – Ernesto recomeçou a falar. – Desde aquele dia que nóis achamo que ele tinha virado bicho e fugido pela floresta... que meu amigo ajuda a manter viva a lenda do lambizomi aqui na região... Também antes acreditava nas lendas, mas depois di qui vi D. Madalena naquela situação da floresta. – o amigo relembrou o causo que contou ainda quando estavam na sala de visitas de D. Vitória. – Tentei correr... mas graças a Deus achei o tal “bicho” e seu irmão. Também iria contar para Madá, mas depois que ela fugiu com medo...
   E depois de mais um longo silêncio, os quatro finalmente voltaram ao povoado e nunca mais se ouviu falar do tal lambizomi.
-Será????????????????????????????????????????????????

 
Davi Dumont Farace.
Início: 02/08/2011
Fim: 06/08/2011
Correção : 31/12/2011




sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Sumimasen / Desculpe aos falantes de Inglês se cometi algum erro... Mas, caso contrário... vai pelo contexto!

We never know what can happen after midday.



   -Good morning children’s! We’re going know traveling to Japan, for meet たくしる and friends. They are living at Monntiko Satsukan (もんちこさつかん), one magic place in this earth of stand-up sun… Well, たくしる work at “Ie no sushi” (“家のすし”), one restaurant in Tsuikiito’s (ついきいとの) island, it is famous because is the biggest island from もんんちこ and the holly Rìtsuigeeo temple is in the middle of her! Many people are visiting island for pray to the Gods in Rìtsuigeeo and feeling peace of this place… Now, we’re enjoying the mysteries of Takushiru’s life.



   -Good morning sum. Ha-ha, today… oh no boku no ga kamisan!My God! I’m late…-Takushiru (たくしる) spoke alone on the bed. Chiara (チアラ), your mother, was cooking something in the kitchen room and takakushi (たかくし), your father, was still sleeping... In exactly thirty minutes the son was already ready, spoke a fast “-Good bye!” with your mother and go out. He has to run, because the last boat of ついきいとの island leave at 9:15 and was already 9:02. -…I hope to arrive in the time… What? It’s snowy in the island? Omoshiroi, funny, it doesn’t snow there in this time of the year, I can’t see very well the Tsuikiito’s Port because have much sun shines here… And…no, I can’t believe! –たくしる arrived in port at 9:13; he bought the ticket and without looking anything else, goes into the boat.

    The journey was of 1:00 to 1:30 hours, and the boy knew this region well; all the waterfalls and mountains… The fishes and the birds in that area were uncommon and many places are just like scenes of a book of magic!

     -Konnichiwa Takushiru! Ogenki desuka? –Shimaaku (しまあく), one beautiful woman to wearing Kimono came to him and spoke with her eyes in attention to the weather. –Suminasen, sorry… Good morning たくしる! How are you?

    - Oh, konnichiwa しまあく, I’m not good because I am late! And you are too. But what are you doing these days? - They spoke a lot during the journey and tried to forget the uncommon weather in the island.  

     Despite Takushiru’s (たくしるの)family have some persons from Japan; the boy didn’t know much of her language. Anywayしまあく is working at the same restaurant of he and they are friends since たくしる has 15 years old…

    When the boat arrived near of the island, they saw that Tsuikiito’s plants were chromed and the all island was cold. They don’t understand and ran to the job with attention in all… They are going fast in the middle of this place and saw that big temple was frozen and the monkeys near of Rìtsuigeeo, holly’s animals for the many people in Japan, were little wilds pigs know. The both ran to the restaurant and saw Hawako(はわこ), a waiter of the place, attending to people with a nametag on her chest saying “Chefu(チェフ)/ (boss)”

     -Arigatou Takushiro and Shimaaku… Just in day with more people here, you decide sleep more in the bed. Watashi… af… I was here at 9:30AM and everything were well, until Sr. Kashinnouda had the biggest idea to clean the bathroom for help me, because the persons were arrived here at 10AM and only I was here… I’m exhausted! Well, the big boss Kashinnouda drops his coin down in the drain again... Result, he went to a CTI’s clinic because your hands go out him… and I’m the “chefu”, genki desu!

     - Your hands go out him?!? Watashi no san, not again. – たくしる speak scared while is crying- Wakarimasen, I don’t understand, how? He was so young… my friends, we need to go out… Oh no, I remember he is cooking very well…

     - Hey-hey-hey control you man! He didn’t dead, he was already in the middle of us. Everything has a good part, and this situation can be good for me, I can work very well until Kashinnouda (かしんのうだ)didn’t go here… after, he certainly go see that I very well in this job and I finally win the Month’s functionary and a promotion too… ha-ha.

     - You poor thing はわこ! If you wish that, you only need work very hard in your occupation… You can’t wait a situation like this for show that is good. I can believe. Well, know I and my really friend たくしる go to CTI and you stay here. –しまあく was wearing know one pink sweater while your friend ran desperate around of the room. –We need to go たくしる… stop cry like grill and put your sweater because the weather is crazy today, we can’t mixing with this persons.

      たくしる and しまあく go out there at 11:25AM. The CTI’s clinic was near of “家のすし” and we met certainly the way, but the same was like a scary scene. The area was very quiet, some trees of the way were dry and they only can listened a noise of the wind colliding in the trunks of trees…

     - Oh, poor Sr. Kashinnouda(かしんのうださん). I can’t believe, I mean…- the boy tried spoke fast while saw in your watch. – All the animals; all the trees; all the weather; we friend はわこ; Kash…しまあく, do you remember of prophesy… I’m afraid of that works! We never…

     - Stop! You are very stupid boy. Don’t worry… tuu-ru-ru-ru… about the things, because… たく! RUN…

     She got fast Takushiru’s handたくしるの手and ran behind a bush frozen. They saw one very big lion mid snake and one mysterious grill fighting in front of the CTI, the very big animal was speaking stranger works and the mysterious grill was running very fast around the creature for try make a strange circle of flowers  in the ground. The friends saw quiet the battle until the grill completes the magic design with help of your powers of tree and water… After, the creature fell in the invisible ground in that circle.

      -Hola しみ y たく… ¡Placer en conocerlos en vivo por ahora! Cielos… ni siquiera me presenté, bien hecho, soy Rak Yunarkrifá (ラクユナルクリファ)y vengo de Brumária. Lo esté, Brumária es un país grande pero poco conocido, quedase en… ¿cómo es mismo el nombre que ustedes hablan?… ya veo, quedase en Plutón…

    -Nani? I mean, what? Wakarimasen, Brumária didn’t exist… I can’t believe this. First the weather is crazy, in Monntiko Satsukan is swarm and is cold there; second we arrived and saw the plants were chromed; Third the monkeys were little pigs…

     -Shimaaku believe in your heart and remember the prophesy, “All will go possible after midday…”. I didn’t understood only this… In Brumária speak Spanish too?

     -Por supuesto Takushiru ¡todas las personas hablan Brumanés y Español en Brumária! Y también algunas hablan Inglés, (a)ms, Bálbuc, Italiano y Japonés.

     -Wol ¡qué padre! También hablo mucho de Español y un poco de Japonés.- Takushiru said with a strange emotion in your heart.- Oh, and how you met we, I don’t remember you…

     -My God! – spoke quickly Shimaaku for yourself.

     Rak and he spoke per many minutes, after she opened the C.T.I’s door and they into the hall. Takushiru spoke with one woman something else and she said “-Kashinnouda is in room 238…” he said “-Thank you!” and they walked fast for see the “Ie no sushi’s” boss. While they walked, Shimaaku saw strange symbols in the walls and pay attention in the persons of the place, some they started to show signs of different animals in your bodies…

     -The transformation! We need to run. –said ラク.

     When the friends arrived in room 238, she opened and after locked very fast the door with the power of one red smoke. Sr. Kashinnouda was on the bed and your hands was on the table, he was sleeping and everything in that place was quiet. Takushiru tried no cry and Shimaaku tried no fight with your friend in the hospital; the Brumárian’s grill repeated the attitude of made a circle in ground, in this situation around Kashinnouda. “-It protects your boss of black magic. Well, I go stay there too in case of my magic not operate well; listen, you need to find a tailor for sew Kashinnouda’s hands… I wish, believe in your heart and felling the magic… The prophesy was correct, some person stole the special oil in your restaurant my friend Tak! Only the power of one tailor can be sew the friendship between the Gods of Rìtsuigeeo and the persons in Japan… we never know what can happen after midday! Tak and Shim receive a tailor’s house map, the magic is always with you!”

      The boy got a map with Yunarkrifá and jumped very fast the window and Shimaaku stopped for many minutes near to your boss, she didn’t understood anything. After that Rak spoke, “Shim, get this box, one magic BANDULÍM is inside it! Don’t forgot, use the ばんづりの only in case of danger… go and protect the young Takushiru, I believe in you!”

       The friends get out the CTI’s clinic and they are nervous with the trees in the way, they tried to ran but the both don’t can’t, your legs are trembled…

       -Man, how the prophesy was correct? I already don’t believe, iie… wakarimasen. And how she met we? You spoke…

      -Oh my friend… no, one earthquake… It’s only in your place!

      The ground behind Shimaaku began to shaking and she fell at one hole, Takushiru was despair and nervous. After that her friend flying out of the earth and started attack he, they ran for much time… Takushiru made an effort to escape of the fireballs that Shimaaku wildly launched in the air, “-Stupid boy, we never can win again the Rìtsuigeeo’s Good’s friendship… forgot. I am Wakinamúnn(ワキナムンン); I serve Saúrinúmm (サウリヌムム), the fire’s God of the magic temple...” She spoke for 30 minutes so-so and the boy has time to into in one house, in a window of grass he can see her friend… The poor Shim was a strange combination of woman and dragon, the new creature was brown and red, around his body could be seen enormous eyes and one only mouth spoke this words in your starving belly…

       The crazy hero たくしる stayed there for many minutes; the house was empty and he fell plus calm… ワキナムンン dropped out of his pocket one blue box while was spoke “…anata wa doko ni imasuka? Tabemono… / …where are you? Eat…”

       Despite the creature has many eyes, しまあく was disturbed and can’t control well the monster in your heart… The boy caught the blue box very fast near of one old tree, he knew one magic was inside in this object. It was 12:55P.M but the weather was dark; when たくしる saw the moon it was already red and ワキナムンン spoke “-Well stupid guy, see the big power of my God Saúrinúmmサウリヌムムカミサン… ha-ha-ha. This is the moon of darks angels; or “yà kapoon hoat” in Bálbuc; if you don’t save your brave boss Kashinnouda until 11:45P.M some demons go here in Japan 日本, and many people go death, ha-ha… You have to ran, we never… kaf kaf…” The weather was sunny again and Shimaaku fells sleeping in hands of your friend.

       -Konnichiwa my friend, you come back! Domo arigatou watashi no kamisan, you was posed a demon Wakinamúnn, I had to ran because you was launched some fireballs near of me! But now, thanks for Godness, you are ok.

       -はい, yes. We need to run!... Oh, my God, you caught any box?

      -いいえ, it’s good Shim, you finally agree with the prophesy. Thanks for Godness!... Yes, I caught your box; I think it open with some music in your heart… I read in those mystics words… Uh, Shimaaku you have to study more the language of Gods!

       They continued the journey. Tak and Shim passed in different ways, climbed many mountains and cursed many rivers; they are exhausted and wish to stop for few minutes, but the grill said, “-No we can’t, we should be continue… Tak, take me the map”…



       While this Rak Yunarkrifá was writing some news paper in CTI’s clinic with constant attention in Mt. Kashinnouda. After thirty minutes, one strange smoke into the room and made Rak sleep on the chaise; the place was quiet and nobody saw the smoke’s transformation. Mt. Kashinnouda and Rak Yunarkrifá don’t be only inside in that room; Chinnari(ちんなり), another kitchen’s chef of another restaurant in Monntiko Satsukan jumped to the smoke. She was very small and tried to climb to the bed in middle of room, but Kashinnouda expulsed her with your leg.

        

         While this たく and しむ were in the same place, she wish to see and analyze more the map but he disagree and wish to continue the journey… After much time, the boy and the grill were fighting and we ripped the map.

         -Takushiru, I can’t believe! The map… you are very stupid boy. -suddenly, the guy felt a strange wind in that place of Shimaaku was, he started to run because he remembered a monster in heart of your friend. –I don’t have more time for talked to you… Feeling the power of ワキナムンン, yes I came back to eliminate you insolent children… Ha-ha-ha!

         The hero cursed a シリナアン Holly river and arrived in Rìtsuigeeo (リツイゲエオ)temple very fast, ワキナムンン was behind of his every time and he was desperate… While たくしる prayed in the temple, one brave little pig showed in front of the hero and started to attack ワキナムンン. Taku bravely was behind the holy pillar for see with afraid and emotion the big battle, but a brave little pig spoke with he in your heart… “-この音たく音楽が ききます!”/ “- The noise Takushiru… Listen to the music”…

          Tak felt a strange wind in your heart; he got afraid by the words of the brave little pig. The animal was very fast but Wakinamúnn was burning the holly forest very fast too, “-Feeling the music my friend, do you can! She can’t control very well the power of the monster… sing one music douzo/ please… ichi ongaku no Nijongo!/ one music in Japanese!”

          The hero knows only one music in Japanese, but he don’t thing the harmony with any power for save some person… “-Hai, I know… I rope this harmony save you my friend Shim…” Tak saw your friend behind the monster and started sing.



(Brave heart- Digimon)



-Nigetari akirameru koto wa daremo
Isshun areba dekiru kara arukitsuzukeyou

Kimi ni shika dekinai koto ga aru aoi hoshi ni
Hikari ga nakusenu you ni

Tsukame! egaita yume wo
Mamore! daiji na tomo wo
Takumashii jibun ni nareru sa
Shiranai pawaa ga yadoru haato ni hi ga tsuitara
Donna negai mo uso ja nai
Kitto kanau kara...show me your brave heart

Hare no hi bakari ja nai kara tama ni
Tsumetai ame mo furu keredo kasa hirogeyou

Ikikata ni chizu nanka nai kedo dakara jiyuu
Doko e datte yukeru, kimi mo

Hashire! kaze yori hayaku
Mezase! sora yori tooku
Atarashii jibun ni aeru sa
Shiranai yuuki ga nemuru haato ni ki ga tsuitara
Mune no naka no doshaburi mo
Kitto yamu kara...show me your brave heart

Tsukame! mabushii asu wo
Mamore! ai suru hito wo
Takumashii jibun ni nareru sa
Kowase! yowaki na kimi wo
Kuzuse! butsukaru kabe wo
Atsui kodou buki ni naru kara
Believe in your heart!



      -ありがとうたくしる! You can liberate Wakinamúnn of Shimaaku, はい今僕がはちります / Now I will ran, Rìtsuigeeo it’s now one dangerous place for we… Run wakai/ young hero! Your friend is already save, but the moon of darks angels is in the sky… The magic tailor is living near of this temple!”

        Takushiru said a “-Good bye!” for the little pig but Shimaaku don’t listen, because the animal and your friend spoke only for telepathic… After that, Shim and Tak continued the journey and arrived in the house of magic tailor in 30 minutes…

        -Konnichiwa Children’s, boku wa Jìng Guõ to iimasu/ my name is Jìng Guõ… Rak Yunarkrifá talked me about your チェフ. Let me thing, oh-oh… you can take my material of sew in one castle near of the big mountain… I think it is in one magic lamp in some place of that castle… I wished to you spend time here for we speak more; but we don’t have time because the moon…”

         -Yeah, yeah, yeah, I really know…-Shimaaku was exhausted and stopped there for a few minutes, but Takushiru suddenly jumped the window for find the material of Jìng Guõ, and they were near of the castle’s door in 15 minutes. –Oh my God! This is the biggest castle, finally… Who lives here?

        Suddenly the door was open and made a strange noise, similar a scary movie scene. Takushiru was desperate and decide came back for much time, but he saw the moon and spoke alone in your mind “Yes, we can!” After that, they stay into the castle and the door is locket alone.

        “-The lamp! We find the lamp my friend! Uh-uh, but the ground is invisible… I think ちんなり lives here… So, where is she? Oh my God…” The ground started one earthquake and the boy took your backpack very fast and takes one small souvenir.

         -Wakarimasen… a souvenir?!? Tank for Godness –Shim spoke with ironic for her friend –He has a 低いのすし(sushi-small) souvenir…

        -One very good chef’s month always have one Sushi-small souvenir in your backpack! –after the guy spoke this, he launched in visible ground the object… and, POFF… The small souvenir transformed in a big fly car. -  Stand up my friend, I always believes in my heart… Why you don’t believe me? Ha-ha-ha!

        Just like magic trick, they jumped on a big car and escaped of the fireballs and all the possible traps of that place… After 45 minutes Tak and Shim came back to sailor’s house and gave the material for Guõ.

       -Finally I’m feeling my power came back of myself! Gracias Tak and Shim, ahora vamos volver al CTI; solo Kashinnouda podrá  volver con la amistad qué los Dioses sentían por nosotros, ¿pero además sin manos cómo él lo haría? Adelante, tele transportemos…

       -Afff, if you can transport we… why do you don’t speak?!?

      -Oh, by the same situation my friend Shimaaku… he-he, does you never speak… Be quiet, we go stay in room 238 in 5 minutes.



       ジンググオン, しまあく and たくしる were near to the bed of Kashinnouda. The big boss finally stands up but your eyes didn’t saw well the persons… Suddenly, Chinnari saw the magic tailor and spoke strange works in front of he, after two big hands of sand got Jìng Guõ and he transformed in one statue. “-Oh, Konbanwa Takushiru and Shimaaku, stupid children’s; you poor think! Your friend Rak went to sleep and finally the moon of dark angels is near of Japan, ha-ha-ha-ha! And know, danger Takushiru… Wakinamúnn can be come back…”

       The hero feeling a strange emotion in your heart, an uncontrollable wish for kills some persons… “-Shim, got this!!!” The boy lunched the blue box for your friend and suddenly he transformed in one dragon-boy creature and started attack Shimaaku. “- Brave grill, use the magic… inside… plea… douzo, i… iie… I’m Wakinamúnn; do you wish to play with me?”…

        While the animal spoke, Rak Yunarkrifá suddenly stand up and started attack the monster while spoke with your new friend “-Shim the box open if you press a red button behind of the water symbol, take the object and star sing, the power of music is with you!” Shimaaku ran very fast for try escape of ちんなり and ワキナムンン; the Brumárian’s grill protected her, but she can’t fight with Chin and Waki for a long time. The grill with the ばんづりの was desperate, when took a good distance of all the persons, she decided catch the magic object and singed one beautiful music of kids in earth of standup sun…



(Aisatsu no uta)



      - A, I, U, E... Ohayou! / Ka, ki, ku, ke... konnichiwa! / Genkini aisatsu shitemiyou / Asa o kitara, ohayougozaimasu. / Onnaka bekobeko, itadakimasu. / Onaka itsubai, gochisousama. / Genkini gagosena.... Ittekimasu / Tomodachi itsubai, konnichiwa / Syukudai wasurete... gomennasai / Keshigomu karite?... Arigatou / Mata asopoure! Sayounara / Ouchini tsuitara, tadaima! / Papano omoukae, okaerinasai... / Omiyaki moratte, arigatou! / Ashitamo asobuzo!... Oyasuminasai / A. I, U, E... Ohayou! / Ka, ki, ku, ke... Konbanwa! / Genkini aisatsu tanoshiire!!!



     Suddenly, one brave little pig arrived near to しまあく; she don’t believed in the power of the prophesy, but know with every situations in that day she believed. The little pig ran to CTI’s clinic with Shimaaku and they saw Jìng Guõ (ジンググオン)return the life. After this, the brave animal said to Shimaaku in your mind “-Arigatou onnanoko! Boku wa Wulkionmú (ウルキオンム)to iimasu… Thank you grill! I saved your friend one time in the forest and know I will save you…” The animal, together Rak and Jìng fighter Chinnari and Wakinamúnn… “-Shim, boku wo kikimasu…/ Listen to me… use the power of the holly object, we can’t fight the spire of Waki… He is very strong know, and the moon…”

       -I now, the moon of dark angels… Che emozzine! Emotion… -The grill fixed your eyes in those “eyeses” of Wakinamúnn and spoke very seriously with the bandulím in your hand. –Wakinamúnn your time arrived; go out with that corp, it didn’t pretence you… Came back to the poor form of one spire of fire!!! Bandulím power, go!!!!!

      -Iie, iie, iie… you can fight me in this time, the power of Saúrinúmm already stopped… Happy? But I am Wakinamúnn, the dragon of mystic fire! …We can’t find me in another time in another place; I will win this game again!

 -いいえ、わかりません!No, i can´t believe... i will retourne...

      Finally after this, the creature goes out of the guy and Chinnari returned to red smoke and ran to your castle…

      So, Jìng Guõ got slow your material for sew the hands of Shimaaku’s and Takushiru’s boss and Rak Yunarkrifá started speak “-Good bye my friends… I need come back to Brumária.” The boy of Monntiko Satsukan said “-Domo arigatou Rak and Jìng… then, I will try no cry.”…

      Kashinnouda finally get up to the bed and said “-Domo arigatou onnanohito. Gomennasai, sukoshi dake eigo o Hanasemasu… but, I… don’t remember anata wa! Dare is you?... ”

      -Konnichiwa かしん私悪く湯なる苦ふぁといいます; watashi wa Brumária syushin desu to eigo o Nihongo to… One day, I wish to spend time in 日本 for meet more this beautiful culture. Oh, I can learning you the English, understand?!

      -Hai… to domo arigatou, but Takushiru already try to learn me… but, boku eigo ‘Wakarimasen!’ But I wish to speak more and better one day!

     -いいえかしん, good, your English is good! So, continue the practicing… I need to come back my ‘ie”… Watashi wa nemimassu/ I go sleep. I spend o lot of time in this region and I am so-so tired. Gomennasai… arigatou for everything to さようなら!...

    -Sayounara Rak, domo arigatou…- all the friends in that place speak like this music and the Brumárian’s girl came back to your country with a mystic teleportation…



    After that, all the friends came back to your houses too and Tsuikiito’s Island return everything like this before the adventure. Sr. Kashinnouda got a special oil of make seafood that Chinnari stole and the servers in “家のすし” prepared many delicious foods for the Gods of Rìtsuigeeo… And, of course, every people lives !Happy ever after!









         Davi Dumont Farace.                                      ダヴィヅモントファラセ。

                                   Início : 17/06/2011         あさ・・・06月⑰用

                                    Final: 22/06/2011            よる・・・06月22用