quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Qual é o seu pássaro?!?

Pássaro livre.

Dias passam e o pássaro continua na gaiola
sozinho, indefeso e sem olhar a luz do dia...
Os piares dos outros o chamam em uma revoada que parece não ter fim
mas ele se reserva em ficar no seu canto;
confortável, triste... e apenas com alguns alpistes.

Porque a menina não abre a gaiola?
Será que ela tem medo de perder o tão amado bichinho?
Ou...
será que ele tem medo de deixar a tão cuidadosa menina?

A luz caminha devagar entre os poleiros escuros
aos poucos, vai preenchendo aquela gaiola empoeirada...
mas o pássaro, assim como um morcego, se reluta em permanecer no canto ainda não agraciado pela luz.
Pois lá ele se sente mais seguro; reinventando a beleza do sol...
 enquanto bebe um pouco de água fresca.

Dias passam e pássaro continua lá dentro.
Ansioso por fazer seu coração bater em rasante...
contudo, com receio de que um gavião o peque em um lento instante...

Caem folhas, a chuva vai aos poucos molhando a terra
e o pássaro finalmente está a bicar a gaiola!...!
Como era bom sentir, mais uma vez, aquele ar puro em seus pulmões;
como era prazeroso correr e olhar o vento, assoviando em suas costas e se fazendo mais forte a cada rajada;
como era divertido e relaxante vislumbrar a beleza do cosmo.
Como era, ... pelo menos até...
ele voltar.



Davi Dumont Farace.

26/01/2012.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

É bom voltar ao Roteiro...



Tantas Peripécias.
(paródia de “Coisas Exotéricas” – Maria Cecília e Rodolfo.)

Tantas peripécias me passam aqui dentro
Tenho que escrevê-las antes que me esqueça,
Coisas importantes que vamos lembrar, escrever, amar, recordar, sorrir...

Não podemos esquecer nunca da humildade...
Temos de ficar atentos com essa entidade,
Sempre com olhares para a manifestação...

Aquela minha folha está em branco!
Fico frustrado de um só solavanco!
A procura de uma palavra para reconfortar...
Essa aflição... diversão... emoção...

Me desculpe amigo por ser tão sozinho;
Não consigo me curar desse quartinho...
Muitas vezes em que tento tenho que voltar...

Não vou deixar mais isso me abater,
Não vou ficar aflito se não  vê-la crescer
Quando elas saírem eu posso lembrar, escrever, amar, recordar, sorrir...

Sentimento forte, amor de criação...
Ouço me chamarem para a diversão!
Já não era sem tempo pra recomeçar...

Aquela minha folha está em branco!
Fico frustrado de um só solavanco!
A procura de uma palavra para reconfortar...
Essa aflição... diversão... emoção...

Me desculpe amigo por minha demora...
Fico estressado até antes da hora!
Mas como um vampiro sou sugado a voltar...

Aquela minha folha está em branco!
Fico frustrado de um só solavanco!
A procura de uma palavra para reconfortar...
Essa aflição... diversão... emoção...

Me desculpe amigo por ser tão sozinho;
Não consigo me curar desse quartinho...
Muitas vezes em que tento tenho que voltar...




Davi Dumont Farace.

10/01/2012