domingo, 20 de maio de 2012

Um texto de QI (duvidoso).

          Viagem comparativamente aquática.

   Bom dia! Boa tarde! Boa noite!... Bem, como muitos de vocês já devem saber, estou cursando Letras na UFMG. É claro, muita coisa para ler; e também muito para se pensar, filosofar, teorizar, escrever, abstrair - esta última palavra está deveras presente no léxico vocabular de uma grande amiga minha do curso, bem como no dicionário de uma professora de “Análise do discurso”. Creio que nossos atuais calorosos e ao mesmo tempo friorentos dias têm sido um tanto abstratórios, mas, é lógico que não podemos levar esse termo ao pé da letra, pois senão perderemos um pouco de credibilidade e com certeza poderemos ficar loucos no meio dessa enxurrada linguística. Epa! “Com certeza + poderemos”? Presumo que esta construção frasal não é bem aceita no Português. Um caso até de abstração em demasia... desculpe pessoal.
   Hoje amigo leitor e amiga leitora, acho isso um pouco de preconceito linguístico, embora essa convenção seja cômoda na hora da escrita, tentarei ser o mais sucinto possível. Creio que não tenha competência nem motivação para escrever “um textículo”, ou, se você não gostou deste termo, pode também encarar como “um bezerrinho”. Somente estou me policiando. Feia essa palavra né? Parece que você está fazendo alguma coisa errada. Bem, estou apenas me lapidando cada dia mais para que você não canse as vistas em horas lúdicas e proveitosas como essas. Pessoas que são levadas a escolher este fardo excitante para suas monótonas e revoltadas vidas não devem “espantar o leitor”, mais sim, convidá-lo a “espiar atrás da cochia”. Contudo, me desculpem pelas minhas antigas criações com alguns resquícios de linhas tortas que não se encurvaram. Humildemente peço perdão por minha possível pedância nos textos, por meus lapsos de sentimento de vítima, minhas besteiras inoportunas, coisas melancólicas, e talvez... uma ou outra abstração.
   Calma, não se espante! Não explanarei nestas linhas sobre o meu estilo de escrever; acho que aqui não é o lugar para, assim como você mesmo já pôde ter observado, tentar “encontrar o meu ‘eu’ nas palavras” - que chique! Adorei esta última frase =). Contudo, acho que graças a Deus sou levado a escrever por justamente minha rebeldia. Isto é, segundo Mario Vargas LLosa em “Cartas à um jovem escritor”, um tantinho de rebeldia é necessária para alguém que quer ter esse prazeroso ofício. De acordo com o peruano, a pessoa que a tem pode ter uma maior capacidade de imaginar, viajar em outros mundos, e, lógico, um desejo - ou o plural - de mudar paradigmas, convenções que (graças aos céus) não te governam completamente em literaturas. Ah, não tinha pensado que este parágrafo poderia se revelar em linhas propagandísticas, mas... fica aí a sugestão de leitura desse emocionante livro; ele, apesar de minha pessoa achar que LLosa “masca” muito um mesmo assunto, engrandece em demasia a alma - e a aura, depois prometo fazer distinção - de um aspirante a escritor, ainda mais de um estudante de Letras que é adepto à filosofia que desenvolve teses sobre o poder das palavras!...!...!
   Ah, desculpe amigo ou amiga se lhe estou fazendo cansar as vistas de novo. Vou direto ao assunto - pois quem se abstrai demais dá “bom dia” a cavalo...
   Bem, o que vou contar agora é nada mais nada menos do que uma curiosa comparação. He-he, graças às minhas aulas de Literatura e Linguística Comparadas, no momento estou fazendo altas comparações comparativas comparativais para compará-las com o propósito comparativo de estabelecer comparações comparativamente comparáticas! Não se assuste leitor, isso não morde - é... acho que não -; não estou a comparar “focinho de porco” com “tomada”, e acho que me agarro à um tanto mais do que o necessário de disernimento e razão nas horas de estabelecê-las... Pois bem; o senhor os a senhora já teve o prazer de ver o desenho “Bob Esponja Calça Quadrada? Vou fazer igual ao meu professor de Literatura II: “quem não assistiu ‘este palíndromo’ - isto é, uma palavra que podemos lê-la da esquerda para a direita e vice-versa sem alterarmos o sentido - não tem o direito de estar vivo e não é completamente feliz”. Ora leitor, que frase mais inusitada; pois você pode muito bem viver sem a ilustre companhia deste esponjoso... como o senhor também pode ficar sem comer! (Ha-ha)! Em minha opinião, (apesar de Bob e Patrick te infantilizarem às vezes), o programa é uma interessante atração, dessas que... sendo tão bobas e tão bestas, chegam a se tornar demasiadamente divertidas e inteligentemente imperdíveis. De forma que você não pode dormir sem saber que “...o monstro comeu a lagartinha” ou o cinto de utilidades do Homem Sereia jamais deve estar em “Wumbo”.
   Brincadeiras à parte, queria informá-los que fui a uma farmácia na tardinha do dia 15 de março e tive a alegria de ver estantes com produtos: xampu Patrick e condicionador Bob Esponja. Que emoção não é mesmo? Bem, fazendo um interessante paralelo com uma curiosa “hierarquia do banheiro” - ou uma “hierarquia banheiral”, pois temos a conjunção “do” + “banheiro” -, podemos afirmar que o xampu é usado para lavar os cabelos antes do condicionador. E podemos até ter pessoas que usam aquela própria palavra aportuguesada sem finalizar o enxague próprio com esse importante produto de limpeza. “Tem de tudo neste mundo”, vai saber...
   Fiquei estonteantemente feliz em comparar o Patrick - que pode ser para algumas crianças um personagem secundário na trama, visto que a casa do esponjoso é mais estilosa do que a do estrela, entre outras coisas mais... - com seu respectivo produto de limpeza. Ora, esta opção por “colocar” este equinodermo em primeiro plano nas horas de banho dos pequenos não foi aleatória. Visto que aquele esponjinário se sobressai nas aventuras um pouco mais do que o outro regenerador, os fabricantes dos produtos entraram em acordo com o desenhista e juntos, bolaram uma estratégia para fazer com que as crianças “gostassem” tanto do Patrick Estrela Calça Cheia quanto do Bob Esponja Calça Quadrada. Agora, meninos e meninas podem falar para seus responsáveis: “-Adoro o Patrick Estrela, ele tem xampu cheiroso!”.
   Caríssimo(a) amigo(a), obrigado por você ter chegado até aqui! Viu, você não poderia dormir sem saber desta história; poderia?!!? Bem, termino meu texto comparativo de hoje com um ensinamento valioso: Jamais se esqueça do condicionador, assim como você deve se lembrar sempre do xampu! =) (=


Davi Dumont Farace.
Início: 09 de maio de 2012
Continuações: 14, 15 e 20 de maio de 2012