quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Vida (in) feliz.

                                       Tenho pressa.


Tic tac, tic tac, tic tac, tic tac…
E assim os ponteiros do relógio marcam a vida
Eles são discretos, lentos e fazem aquilo sem perceber...
Fazem somente porque o outro assim quis que fizessem...
Realizam eternamente a função de cronometrar,
De pensar
                      Na vida...


Mas e se o meu tempo não estiver ali?
Esse belo artefato nas paredes do quarto pode não ser...
 Digamos, um relógio de verdade...
  O tempo de nosso coração pode...
    Não ser cronometrado somente por um passar de ponteiros
     Ponteiros esses que um dia penso que vão voltar,
  Mesmo que não apareçam jamais
  Ou ainda se misturem às recordações fantasiosas


 Todavia tenho pressa de viver o mundo...
   Quero ver... quero pensar... quero ser,
    O amanhã?
   Deveras, ainda não sei se devo
  Somente quero deixar a minha marca...
  Nem que seja uma só pegada,
    Ou
   Um par de pés no chão não sei.
   A areia que corre na ampulheta por ser subjetiva
                    E   n        a     d     a        m    a i     s...

    Amigos me dizem: “-Você será bom como escritor.”
       Outros dizem eu não sei o que dizer, ainda que ninguém o diga
    Não sei em quem acreditar...

              Tenho pressa de viver o hoje
        Tenho pressa de sentir as palavras
    Tenho pressa de passar dias eternos com o amor
                         Pressa de você
   Somente saserp de escrever



 Davi Dumont Farace.    17/02/2.011

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