Tenho pressa.
Tic tac, tic tac, tic tac, tic tac…
E assim os ponteiros do relógio marcam a vida
Eles são discretos, lentos e fazem aquilo sem perceber...
Fazem somente porque o outro assim quis que fizessem...
Realizam eternamente a função de cronometrar,
De pensar
Na vida...
Mas e se o meu tempo não estiver ali?
Esse belo artefato nas paredes do quarto pode não ser...
Digamos, um relógio de verdade...
O tempo de nosso coração pode...
Não ser cronometrado somente por um passar de ponteiros
Ponteiros esses que um dia penso que vão voltar,
Mesmo que não apareçam jamais
Ou ainda se misturem às recordações fantasiosas
Todavia tenho pressa de viver o mundo...
Quero ver... quero pensar... quero ser,
O amanhã?
Deveras, ainda não sei se devo
Somente quero deixar a minha marca...
Nem que seja uma só pegada,
Ou
Um par de pés no chão não sei.
A areia que corre na ampulheta por ser subjetiva
E n a d a m a i s...
Amigos me dizem: “-Você será bom como escritor.”
Outros dizem eu não sei o que dizer, ainda que ninguém o diga
Não sei em quem acreditar...
Tenho pressa de viver o hoje
Tenho pressa de sentir as palavras
Tenho pressa de passar dias eternos com o amor
Pressa de você
Somente saserp de escrever
Davi Dumont Farace. 17/02/2.011
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