sábado, 15 de outubro de 2011

inoçência.

Conchas na areia.

Procuro por alguma coisa que desejo loucamente...
(possuir; materializar; ter) de volta em meu coração;
Algum objeto estranho e imaterial talvez, escondido nas entranhas de uma praia deserta...
Ou, quem sabe, até mesmo por uma voz...
Doce, penetrante e persuasiva voz que me chama para mergulhar na água...
(...)
Contudo... deveras;
Só o que vejo são peixes...

As chamas de passos gelados e silenciosos me assustam,
Contudo... receio que um dia volte;
(a buscar), a amar em uma noite de tormenta...
E, o orvalho que vejo em meio à multidão...
De maldições angélicas e brilhos sepulcrais
Convida-me para dançar novamente
E eu, deveras me reluto
Mas receio ter de aceitar esse pedido... (somente por mais essa noite)

Ilusões... vorazes peixes que vagam sem direção;
Vou ao encontro deles, contudo a isca ainda é pequena demais,
e voltam a se esconder na água...
(com isso)
Fico mais uma vez em meio à praia deserta...
O temporal que fazia lá fora; Há...
Receio que continua...
(no íntimo de meu ser)

Será que estou fazendo errado?
Será... que ao invés de procurar ironicamente essas emoções (subjetivas e imersas na areia),
não deveria estar buscando
(de forma menos melancólica possível)
Uma verdade concreta e absoluta; simples, sem fortes emoções e que não precisa de panos para ser camuflada?

/.../ Contudo / .../
Volto a cavucar a terra...
Com um pouco de esperança, e talvez uma alegria boba em achar
Essa coisa que faltava...
; ou;
(Esse alguém que me espera...)


Davi Dumont Farace.  
                               15/10/2.011

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