terça-feira, 20 de setembro de 2011

Leiam... é depressivo mas é bom!

E você não estava lá...

As horas passam lentamente naquele relógio de ponteiros...
Estou; deveras; rodeado de pessoas, contudo meu coração ainda se sente só...
Quero aquele sentimento de liberdade, sentir o frio embrulhar-me o estômago;
Ainda que não me julgue capaz de suportá-lo sozinho!

A parte irascível de minha alma se inunda em meu ser!
Sinto que meus sentimentos se esvaem da minha razão... tanto como
O lodo que vai embora depois de uma enxurrada.

Não quero entregar-me novamente às minhas paixões;
Muito menos a essa parte concupiscível de minha mente, que governa meus próprios instintos de animal...
Contudo, quero a brisa suave que me corta a cara;
desejo incontrolável por obter uma resposta sobre meu subjetivo ser...
insensatez que me leva a discorrer sobre os atos e omissões de meu viver...

Andes... andes logo, pois senão chegarás atrasado!
Meus pés se locomovem em uma infinitude de caminhos;
meu coração chega a dar mil badaladas por segundo;
e o relógio da praça me convida para escutar suas batidas;
... “Falta pouco tempo!”

A parte irascível de minha alma se inunda em meu ser!...
Pois é... estou sentado em um banco esperando...
Esperando aquilo que; deveras; não sei se irá ocorrer...
(nem o “porque” que me levou a fazê-lo; pois as paixões tiraram-me os instintos)

Passam carros, ônibus, caminhões, motocicletas...
Imagino-me preso nessa verdade;
ainda que seja somente uma verdade imaginada...
ou quem sabe, uma relutante recordação fantasiosa... (Oh! Deveras.)

Canto; grito; falo... processo...
Faço terapia ocupacional relembrando coisas e criando outras
(As mais diferentes possíveis, enquanto você não chega...)
Preciso me distanciar dessa verdade mentirosa que agora inunda meu ser!

Passam carros, ônibus, caminhões, motocicletas...
E você não estava lá...   



Davi Dumont Farace.
20/09/2.011

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