quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

eu tenho... no lo tengo más....

Nada sei...
    Eu tenho um jardim, mas não posso vê-lo
     Eu tenho uma casa, mas não posso habitá-la
      Tenho eu uma janela, pela qual não posso olhar o amanhecer da alvorada
        Mas graças a Deus tenho você que me ensina a olhar adiante
                   E seguir...

  Como a vida pode ser tão bela se olhar da janela
    No íntimo de cada alma humana
   Ou não
      No íntimo de cada coisa, de cada objeto
               Vejo uma alegria que
            Às vezes se renova
             Às vezes cresce
                 Às vezes se compadece.

  Acho, não sei
                                             Em meus delírios de eterna alma vagante
   Que muita vida ainda pode ser vivida
 Aqui...         lá..         em qualquer lugar.

  Existem ainda muitos heróis na Terra
  Não precisam ter poderes fantásticos como Harry Potter ou Percy Jackson
       Não precisam ter origem no sagrado Monte Olimpo como Hércules e Perseu
  Somente precisam ser mais humanos para com o mundo,
 Pois não quero, não posso e não espero
Que a vida seja feita de ilusão
           Mesmo que alguns tenham que reaprender...
                                         Como se abrem as portas do coração.

 Fecho os olhos, tranco a mente, mas abro a alma
     Aquela mesma, de alguém que sonha por mim
            Daquele que posso contar nas batalhas
     Nas derrotas
            Nas ressurreições
        Aquela que nem eu mesmo sei se vou encontrar
        Penso que ela está tão longe
          Não voltará jamais
        
                    E quando beberdes deste cálice eterno
            Dum elixir que não sei se pode ser
               Dum perigoso monstro que você acorda um dia ao alvorecer
          Ou dos anjos da amada Terra que suas assas se partiram
              Verás que tudo o que queres
             Amores, dinheiro, fama, alegrias mil
                                 Muitas pessoas, um dia com certeza vai achar
       
     Não sei, quem sabe, só por um vago momento,
                 Por uma vaga estrada, por um largo caminho
                  Por um instante poético de vaga iluminação
   Talvez naquele último sorriso
          Naquela última vida
                Naquele derradeiro lamento
      Tudo
              Tudo
                      Canso-me de tanto tudo
      Mas um dia sei que posso em ti confiar.

             Planto sementes, colho frutos
       Frutos estes que seus perfumes exalam no ar
         Em meio a tanta discórdia
          Tanta desigualdade
              Tanta violência
Ainda colho frutos
 Planto emoções, recebo corações
 De vocês que eu nem sequer conheço
  Mas valorizo o doce som
  Do amor platônico
          Da amizade verdadeira
       Das gotas da chuva...

           Podemos abrir de novo a caixa de Pandora
       Renovar a esperança de um dia melhor
          Pois
       Em todas as galáxias, planetas, biomas
         Hogwarts, Amistérd, Pasárgada, vasta Terra...
         Existe alguém nos esperando

                Eu tenho um jardim
  Onde planto flores de alecrim.



                                                               Davi Dumont Farace.      23/07/2.010

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