quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

selvageria em uma noite enluarada.

O lobisomem.
Em meio à chuvosa noite, a lua cheia surge
Pela floresta, se escutam passos largos e urros de dor
De um pobre e amaldiçoado homem que urge
Procurando triste e desesperadamente seu amor...

No relógio da catedral, 12 badaladas batem
E os cachorros do mato confusos latem
Junto à inevitável transformação
E as dores daqueles que morrerão

(...)

Ele procura aflitamente por alguém
Alguma alma indefesa e calada em meio ao sinistro...
Alguém que possa satisfazer seu desejo
(de morte)...
Pecado imortal e insaciável de loucura.

Selvageria...

A luz pura se esvai deles (as)
A vida se sente amargurada como nunca
< Se sentiu >
E um filete de sangue fresco
Goteja mais uma vez na casa;

Demônio selvagem...

 Pensa que está satisfeito com o banquete carnal
(mas quer mais...
necessita de mais coisa,
precisa de carne para voltar a casa
aparentemente são e salvo...)

Quer, procura, encontra...
Outro ser indefeso na livraria
Na seção de romance policial
(o anjo e o demônio regem como feras
em seu coração
que vai ao que pode ser o encontro...
i...m...o...r...t...a...l)

(...)

A madrugada passa e uma rosa se despedaça
A maravilha dos anjos da noite ao luar
Enfeitiçando mais vítimas para matar...

        Davi Dumont farace.                29 de dezembro de 2.010

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